RECIFE 28 DE NOVEMBRO DE 2010 !!! 

 Carlos Drummonde de Andrade.

POR: ABILIO DINIZ JR. ^{Revisão: Daniela Pena}  

HOMO-NÓLOGO

“Se fosse uma maquina, o Homem Sapien ainda assim não só desenvolveria seu corpo de metal e magnésio sete palmos abaixo do chão... Como embora sobreviveria. Era bom que o fosse!”

O saber de um passado insubordinado de Carlos Drummond de Andrade que coloco o pensamento acima não deveria falecer, e por este motivo temos que buscar no tempo, descobrindo esta pessoa que foi controvérsia do em relação ao seu passado que se esbarra com no próprio futuro, não foi só um humano comum, de cabeça, olhos e boca. Mais um ser humano de olhos, boca, cabeça. Inteligente por natureza, sensível, atento e voraz. Por isso o preferia vivo.

E sem mais liturgia, drama ou qualquer que seja a especulação vamos ao que interessa.

Pode ser que essas qualidades enquanto esteve vivo, mesmo passando por uma perturbação mental na sua formação profissional onde possuiu o diploma de farmacêutico, repercutiu num percurso de sofrimento que é muito parecido com todas as histórias e conquistas do povo Brasileiro. Parece mesmo um carma!

 Mesmo sendo farmacêutico, se decepcionou com o presente e foi tomado a levar outro rumo: jornalismo e então nomeado funcionário da Secretária de Educação de seu Estado.

Escritor minucioso com sua a sua antropológica, e com suas palavras.

Drummond era mágico e um dos textos que mais me fez pensar nas possibilidades dele retratar essa magia com as palavras foi justamente é No meio do caminho, onde o escritor coloca uma situação de efeito quando fala de olhos fadigados, cansados...

 Parece-me que algo a mais deve ter acontecido naquele exato momento para fazer com que a repetição de palavras fosse sentida com tamanha insistência. No meio do caminho tinha uma pedra...

 Pensador que é Drummond quis repassar em seu texto seu convívio com as pessoas, dar importância a vida, a gente que fica por perto trocando pensamentos e possibilidades, nos conduzindo a uma leitura cheia de possibilidades e de encontros.

Minha relação com os textos de Drummond refletem o estimulo que ele me causou. Passa-me complexidade que nem sempre é possível compreender, mas é belo de se apreciar, escutar as palavras em voz alta, o lírico...

É muito prazeroso.

A teoria nos fortalece nos guia a esperiencias mais significativas e complexas, nós faz ir em a busca do conhecimento, por isso acredito que Drummond contribuiu pra caminhada das perguntas, das indagações, das sugestões.

Carlos Drummond foi um teórico, um estudioso. E por ser um escritor nato, proponho ao público, principalmente aos mais jovens, que experimentem o sabor das palavras de Drummond a delicadeza, a inteligência a superioridade de um Escritor consciente de sua escrita... Complexo sempre, mas entendedor do mundo e das angústias das pessoas, da alma.

Acredito que os jovens precisam se abrir para Drummond, sei que não é fácil, mas com o esforço e com o tempo de cada um, tenho certeza que o escritor vai se fazer presente na vida de pessoas que no mínimo precisam de clareza de pensamento, de questionamentos sobre a vida e existência.

Nunca tinha ouvido falar de um ser tão importante. Por que as escolas não fazem questão de garantir presença dessa figura ilustre?

Quem é nossas referencias na literatura?

Um homem tão preocupado com os direitos sociais, tão ativistas, deveria ter presença garantida nas salas de leitura, nas rodas de conversa na escola. Pode até ser que os livros dele estejam no âmbito escolas, mas para que servem livros sem palavras de gente. Gente essa que comenta que faz a língua ser viva, puro instrumento do povo?

Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector?

Tão importantes, mas sem vozes capazes de fazwer com que corações sedentes de fé possam ouvi-los.